Melastomataceae

Miconia ibaguensis (Bonpl.) Triana

Como citar:

Gláucia Crispim Ferreira; Mário Gomes. 2020. Miconia ibaguensis (Melastomataceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

6.972.787,768 Km2

AOO:

1.228,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com distribuição: no estado do Acre — nos municípios Rio Branco e Sena Madureira —, no estado do Amazonas — nos municípios Humaitá, Iranduba e Manicoré —, no estado da Bahia — nos municípios Barreiras, Boa Nova, Camamu, Formosa do Rio Preto, Itanagra, Ituberá, Jacobina, Licínio de Almeida, Rio de Contas, Salvador e Taperoá —, no estado do Ceará — nos municípios Barbalha e Crato —, no Distrito Federal — nos municípios Brasilia e Brasília —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Alegre, Domingos Martins, Guarapari e Ibitirama —, no estado de Goiás — nos municípios Abadiânia, Alto Horizonte, Alto Paraiso de Goias, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Aparecida do Rio Doce, Aragarças, Caçu e São Simão, Caiapônia, Caldas Novas, Campinorte, Campos Belos, Cavalcante, Cocalzinho de Goiás, Corumbaiba, Corumbaíba, Cristalina, Formosa, Goiânia, Ipameri, Itarumã, Ivolândia, Jataí, Leopoldo de Bulhões, Luziania, Luziânia, Mineiros, Montes Claros de Goiás, Mossâmedes, Niquelândia, Padre Bernardo, Paraúna, Pirenópolis, Rio Verde, Santa Isabel, Santa Rita do Araguaia, Silvania, Uruaçu e Vila Propício —, no estado do Maranhão — no município Caxias —, no estado do Mato Grosso — nos municípios Água Boa, Alta Floresta, Barra do Garças, Chapada dos Guimarães, Cocalinho, Colíder, Cotriguaçu, Gaúcha do Norte, Itaúba, Marcelândia, Matupá, Nova Brasilândia, Nova Xavantina, Novo Mundo, São José do Rio Claro, Sinop, Vila Rica e Xavantina —, no estado do Mato Grosso do Sul — nos municípios Aquidauana, Camapuã, Coxim, Jateí, Rio Verde, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, São Gabriel do Oeste e Três Lagoas —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Alpinópolis, Alvinópolis, Alvorada de Minas, Barroso, Belo Horizonte, Boa Esperança, Botumirim, Caeté, Carandaí, Caratinga, Carmópolis de Minas, Carrancas, Catas Altas, Conceição do Mato Dentro, Delfinópolis, Diamantina, Dionísio, Divinópolis, Espera Feliz, Formoso, Guarda-Mor, Ipaba, Itabira, Juiz de Fora, Lagamar, Lagoa Santa, Lavras, Mariana, Marliéria, Matozinhos, Natalândia, Nova Lima, Nova Ponte, Olaria, Ouro Preto, Paracatu, Paraopeba, Perdizes, Piumhi, Ribeirão das Neves, Rio Doce, Rio Pardo de Minas, Ritápolis, Sabará, Santa Bárbara, Santa Bárbara do Leste, Santa Luzia, Santa Rita de Jacutinga, Santana de Pirapama, Santana do Riacho, Santo Antônio do Itambé, São Gonçalo do Rio Abaixo, São João Batista do Glória, São João Del-Rei, São João del Rei, São Roque de Minas, São Sebastião do Paraíso, Serra Azul de Minas, Tiradentes, Três Marias, Uberaba, Uberlândia e Viçosa —, Minas Gerias — no município Matozinhos —, no estado do Pará — nos municípios Altamira, Canaã dos Carajás, Gurupá, Itaituba, Pau d'Arco, Portel e Viseu —, no estado do Paraná — nos municípios Adrianópolis, Antonina e Morretes —, no estado de Pernambuco — nos municípios Moreno e Rio Formoso —, no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Cachoeiras de Macacu, Cambuci, Itaboraí, Itatiaia, Macaé, Mendes, Paraty, Rio de Janeiro, São Fidélis, São José de Ubá, Silva Jardim, Valença e Volta Redonda —, no estado de Rondônia — no município Presidente Médici —, no estado de Roraima — nos municípios Alto Alegre, Boa Vista e Caracaraí —, no estado de São Paulo — nos municípios Araçatuba, Atibaia, Brotas, Cajuru, Casa Branca, Eldorado, Iporanga, Limeira, Lorena, Mogi Mirim, Pedregulho, Pindamonhangaba, Rio Claro, São Pedro, Tremembé e Ubatuba —, no estado de Sergipe — no município São Cristóvão —, e no estado do Tocantins — nos municípios Arraias, Novo Jardim, Porto Nacional e São Félix do Tocantins.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Gláucia Crispim Ferreira
Revisor: Mário Gomes
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore não endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Foi coletada em Área antrópica, Campinarana, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar e/ou de Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga e Savana Amazônica associadas a Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado nos estados do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso Do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio De Janeiro, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Apresenta distribuição ampla, constante presença em herbários, inclusive com coleta recente, e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral e em áreas onde ainda predominam na paisagem extensões significativas de ecossistemas florestais em estado prístino de conservação. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias e em distintos domínios fitogeográficos de forma frequente na maior parte das localidades em que foi registrada. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.

Último avistamento: 2019
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Trans. Linn. Soc. London 28(1): 110. 1871. É reconhecida por por apresentar indumento, tricomas híspidos e setosos nas folhas e ramos, folhas oval-elípticas a oval-lanceoladas com margem denticulada e ciliada (Rezende et al., 2014). As informações da espécie foram validadas pelo especialista através do questionário (Lucas de Freitas Bacci, comunicação pessoal, 2020).

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Longevidade: perennial
Biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado
Vegetação: Área antrópica, Campinarana, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar e/ou de Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga, Savana Amazônica
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 2.1 Dry Savanna, 2.2 Moist Savana, 3.5 Subtropical/Tropical Dry Shrubland, 3.6 Subtropical/Tropical Moist Shrubland, 14.5 Urban Areas
Detalhes: Hábito arbustivo/arbóreo medindo até 5 metros de altura. Folhas cartáceas, discolores, face abaxial glabras. Inflorescência terminal, panícula, flores em botões. Frutos imaturos verdes e maduros vináceos. Inflorescência imaturas, com tricomas marrons. flor branca, cor do fruto roxo (maduro), botão verde.
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2020. Miconia. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio Janeiro. URL http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB971426 (acesso em 19 de maio de 2020).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future national very high
A Caatinga sustenta mais de 23 milhões de pessoas (11,8% da população brasileira) e é uma das regiões semiáridas mais populosas do mundo, com 26 habitantes km-1 (Medeiros et al., 2012; Ribeiro et al., 2015). Novos cenários, como a transposição do rio São Francisco, podem mudar o paradigma de que a região semiárida não é apta para o desenvolvimento econômico e intensificar processos que levam a perda da diversidade florística (Costa et al., 2009). A urbanização do Cerrado é incentivada por investimentos governamentais e privados que ampliam a infraestrutura e aquecem a econômica dos municípios do entorno (Martins et al., 2014).Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2002).
Referências:
  1. Medeiros, S. de S., Cavalcante, A. de M.B., Marin, A.M.P., Tinôco, L.B. de M., Salcedo, I.H., Pinto, T.F., 2012. Sinópse do Censo Demgráfico para o Semiárido Brasileiro, Instituto Nacional do Semiárido. https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004
  2. Ribeiro, E.M.S., Arroyo-Rodríguez, V., Santos, B.A., Tabarelli, M., Leal, I.R., 2015. Chronic anthropogenic disturbance drives the biological impoverishment of the Brazilian Caatinga vegetation. J. Appl. Ecol. 52, 611–620. https://doi.org/10.1111/1365-2664.12420
  3. Costa, T.C. e C., Accioly, L.J. de O., Oliveira, L.M.T., Oliveira, M.A.J. de, Guimarães, D.P., 2009. Interação de fatores biofísicos e antrópicos com a diversidade florística na indicação de áreas para conservação do Bioma Caatinga. Soc. Nat. 21, 19–37. https://doi.org/10.1590/S1982-45132009000100002
  4. Martins, E.M., Fernandes, F.M., Maurenza, D., Pougy, N., Loyola, R., Martinelli, G., 2014. Plano de Ação Nacional para a Conservação do Faveiro-de-wilson (Dimorphandra wilsonii Rizzini). Andrea Jakobsson Estúdio : Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
  5. Simões, L.L., Lino, C.F., 2002. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. SENAC, São Paulo.

Ações de conservação (5):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Espinhaço Mineiro - 10 (MG), Território Cerrado Tocantins - 12 (TO), Território Sacramento - 15 (MG), Território Campinas - 18 (SP), Território São João del Rei - 29 (MG), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território Espírito Santo - 33 (ES), Território Chapada Diamantina-Serra da Jibóia - 39 (BA), Território Formosa - 9 (GO, MG).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Bacia do Rio de Janeiro (US), Área de Proteção Ambiental Caminhos Ecológicos da Boa Esperança (US), Área de Proteção Ambiental Carste da Lagoa Santa (US), Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe (US), Área de Proteção Ambiental Corumbataí, Botucatu e Tejupá Perímetro Corumbataí (US), Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São Bartolomeu (US), Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João - Mico Leão (US), Área de Proteção Ambiental da Bacia dos Ribeirões do Gama e Cabeça de Veado (US), Área de Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Uberaba (US), Área de Proteção Ambiental da Chapada dos Guimarães (US), Área de Proteção Ambiental da Serra Dourada (US), Área de Proteção Ambiental de Cafuringa (US), Área de Proteção Ambiental de Tamoios (US), Área de Proteção Ambiental do Lago Paranoá (US), Área de Proteção Ambiental do Planalto Central (US), Área de Proteção Ambiental do Rio Preto (US), Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira (US), Área de Proteção Ambiental Pouso Alto (US), Área de Proteção Ambiental Quilombos do Médio Ribeira (US), Área de Proteção Ambiental Santo Antônio (US), Área de Proteção Ambiental Serra São José (US), Estação Ecológica de Águas Emendadas (PI), Floresta Nacional de Carajás (US), Floresta Nacional do Araripe-Apodi (US), Parque Estadual Caverna do Diabo (PI), Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça (PI), Parque Estadual do Limoeiro (PI), Parque Estadual Paulo César Vinha (PI), Parque Estadual Serra Azul (PI), Parque Estadual Serra Verde (PI), Parque Nacional da Serra da Canastra (PI), Parque Nacional de Brasília (PI), Parque Nacional de Caparao (PI), Parque Nacional do Itatiaia (PI), Parque Nacional Grande Sertão Veredas (PI), Parque Nacional Viruá (PI), Parque Natural Municipal Fazenda Santa Cecília do Ingá (PI), Refugio de Vida Silvestre do Chaua (PI), Refúgio Estadual de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José (PI), Reserva Biológica de Poço das Antas (PI), Reserva Estadual de Desenvolvimento Sustentável Concha D´Ostra (US), Reserva Particular do Patrimônio Natural Cristalino I (US).
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da região de Grão Mogol - Francisco Sá (Pougy et al., 2015).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Maurenza, D., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), 2015. Plano de Ação Nacional para a Conservação da Flora Ameaçada de Extinção da Região de Grão Mogol - Francisco Sá. CNCFlora: Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Laboratório de Biogeografia da Conservação: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 76 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al., 2015).
Referências:
  1. Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), 2015. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional. CNCFlora: Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Laboratório de Biogeografia da Conservação: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 100 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.